• Carregando...

Cerca de 9,3 milhões de sírios, o equivalente a 40% da população do país que vive uma guerra civil há dois anos e meio, precisam de assistência humanitária. O número foi divulgado nesta segunda-feira (4) pela chefe humanitária das Nações Unidas, Valerie Amos.

"A situação continua a deteriorar-se rapidamente e inexoravelmente. O número de pessoas que estimamos estarem em necessidade de assistência humanitária na Síria subiu agora para cerca de 9,3 milhões. Destas, 6,5 milhões são deslocadas de suas casas, dentro do país", disse o porta-voz das Nações Unidas, a partir de informações passadas por Amos.

Setores-chave - incluindo investimento, turismo, comércio e produção local - estão sendo afetados em intensidades diferentes, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A crise também está provocando tensões entre os refugiados e as populações desses países: 97% dos que deixaram o país estão no Líbano, Jordânia, Iraque e Turquia.

"A crise está respingando nos países vizinhos e impactando o desenvolvimento econômico e humano desses territórios a nível nacional e local", diz a nota.

Recentes avaliações sobre o impacto do conflito nos dois países mais afetados pela crise, Líbano e Jordânia, mostram números preocupantes sobre o agravamento da deterioração das economias, com impacto direto sobre os rendimentos e níveis de pobreza, especialmente entre as populações mais vulneráveis.

Um estudo do Banco Mundial estima que, ao longo do período entre 2012 e 2014, o conflito sírio pode reduzir o crescimento real do PIB libanês em 2,9 pontos percentuais ao ano, levando a uma perda cumulativa de salários, lucros, impostos e investimentos de até 7,5 bilhões de dólares.Reunião em Genebra

Na terça-feira, o Enviado Especial para a Síria vai se reunir em Genebra com russos e americanos para avaliar um encontro do presidente sírio, Bashar al-Assad, com oposicionistas durante a conferência de paz prevista para ocorrer neste mês na cidade.

Lakhdar Brahimi se reunirá com os vice-chanceleres russos Mikhail Bogdanov e Gennady Gatilov e com a subsecretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman, afirmou o porta-voz da ONU Farhan Haq nesta segunda-feira. Um obstáculo, porém, continua desde o início do conflito: a oposição, organizada principalmente na Coalizão Nacional Síria, afirma que só participa das conversas se Assad renunciar ao poder, o que ele já afirmou que não fará.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]