Seguranças acompanham Obama no primeiro dia de trabalho após a eleição: presidente eleito é alvo constante de ameaças| Foto: Jason Reed/Reuters

Segurança pessoal, um desafio

Barack Obama entrou para a história como o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, mas sua cor o transforma em alvo potencial e representa um desafio para os responsáveis por sua segurança.

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Defensores da união gay vão à Justiça contra veto

Defensores do casamento gay abriram três processos na Justiça contra a emenda constitucional que diz que "só o casamento entre um homem e uma mulher é válido e reconhecido’’ na Califórnia, aprovada em referendo na eleição de terça-feira. A vitória dos conservadores foi apertada – 52% a 48% –, com 10,2 milhões de votos apurados.

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No cinema, negros são presidentes desde 1933

Nas telas americanas, a eleição de presidentes negros é uma realidade isenta de polêmicas desde a década de 1930. Sammy Davis Jr. (1925-1990) foi o primeiro da fila. Em 1933, pouco antes de completar 8 anos, ele estrelou um curta-metragem do diretor Roy Mack chamado "Rufus Jones for president". Na comédia musical de 21 minutos, um menino negro chegava à Presidência.

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Nova Iorque - Aos 20 anos, eles eram chamados de preguiçosos, lá pelos 30 foram etiquetados como conservadores ou cínicos. Nunca tiveram simpatia por discussões ideológicas, sempre acharam chatíssimos os baby boomers, com seu jeito incendiário de fazer política, gritando palavras de ordem em protestos intermináveis. Pois agora eles chegaram ao poder e estão irreconhecíveis. A chamada geração X, hoje já entre o fim dos 30 e dos 40, achou em Barack Obama seu representante e porta-voz.

Energizados pelo discurso do novo presidente de mudar o mundo sem perder o estilo cool, eles estavam entre os que lotaram os comícios democratas, eram parte dos que, pela primeira vez, se deram ao trabalho de votar e, na terça-feira, comemoraram intensamente o início de novos tempos.

"Chegou o nosso momento", afirmou Jeff Gordinier, autor do livro Geração X Salva o Mundo e editor da revista Details. "Há uma sensação de necessidade urgente de mudar as coisas. Não podemos querer ser céticos e distantes para sempre", acrescenta.

Tribo

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Pela idade, biografia e estilo, Obama é um representante desta tribo, reivindicam os muitos teóricos da geração, recém-iluminados pelos holofotes pós-eleitorais. Chamados de geração perdida pelos baby-boomers, os X agora se vingam dos mais velhos mandando-os para a aposentadoria e culpando-os por todos os amargores do passado. Não agüentam ouvir John Lennon cantando Imagine, muito menos histórias de como Woodstock foi lindo.

A transmissão de poder entre as duas gerações já foi ritualizada quando Clinton subiu ao palanque para chamar Obama de líder capaz de levar a América para o futuro. "A inspiração para construir um mundo melhor agora vem de Obama, e a geração X se sente pronta para atender ao chamado do novo presidente", diz o cientista político Sergio Bendixen.

Pós-baby-boomer

Obama é um típico pós-baby-boomer. Era criança durante a época em que os valores familiares mudavam, os divórcios espocavam, defendia-se o amor livre e as experiências com drogas. Viveu isso de perto, convivendo com uma mãe em busca de novas formas de família, um pai ausente e um padrasto. Segundo os recém-descobertos especialistas no tema, o estilo da geração X é cool e um pouquinho formal – exatamente como as camisas brancas engomadas de Obama. Ao chegarem a postos de comando, eles agem de forma pragmática. Podem tomar decisões que parecem radicais ou contraditórias, mas estarão ancorados numa análise fria, desapaixonada.

"A liderança de Obama vai inspirar toda uma geração. Vai acabar com tudo que era disfuncional e negativo na política dos boomers: o choque de culturas, a polarização de ideologias, a política identificada por comunidades", diz o historiador, economista e demógrafo Neil Howe, autor de Gerações: A História dos Futuro dos Estados Unidos.

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