O acordo nuclear do Irã com o Ocidente não tem a intenção de aumentar a presença do petróleo iraniano no mercado, segundo a Casa Branca, mas uma flexibilização na proibição a seguros de transporte marítimo pode ajudar as exportações de petróleo da República Islâmica a grandes clientes asiáticos.
O Irã e seis potências mundiais chegaram a um acordo neste domingo para limitar o programa nuclear de Teerã, em troca de um alívio nas sanções impostas ao país.
Sanções dos Estados Unidos e da União Europeia, que impedem empresas de energia de investir no Irã e reduziram as exportações de petróleo de Teerã de 2,5 milhões de barris por dia (bpd) para cerca de 1 milhão de bpd, permanecem ativas sob o acordo.
"Nos próximos seis meses, as vendas de petróleo bruto do Irã não pode aumentar", disse um documento publicado pela Casa Branca no site do Departamento de Estado dos EUA, neste domingo.
Além de terem reduzido a compra de petróleo iraniano devido às sanções, os grandes clientes do Irã na Ásia deixaram de comprar a commodity mesmo dentro da capacidade permitida por causa de dificuldades para obter seguro para embarques.
O documento dos EUA diz que sanções do setor financeiro, incluindo muitos tipos de seguros, permanecem intactas. Mas uma autoridade ocidental disse que foi incluído no acordo algum alívio para as sanções da UE sobre o seguro do transporte de petróleo.
De acordo com um texto completo do acordo publicado pela agência de notícias iraniana Fars, o Ocidente aceitou interromper os planos para reduzir ainda mais as vendas de petróleo do Irã, e vai permitir que os clientes comprem seus valores médios atuais de petróleo bruto.
Para estas vendas de petróleo, as potências se comprometeram a suspender voluntariamente as sanções da UE e dos EUA sobre seguros e serviços de transporte, de acordo com o documento da Fars, que a Reuters não pôde confirmar imediatamente a autenticidade com funcionários da UE.
Não está claro por que o documento dos EUA não menciona os planos para relaxar os controles de seguros, ou como qualquer alívio seria inspecionado para evitar uma forte recuperação das exportações de petróleo iraniano.
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