Anders Breivik teria montado fazenda de fachada para adquirir explosivos| Foto: Reuters

Acusado de ser o atirador que matou 96 pessoas na última sexta-feira, Anders Behring Breivik foi membro do partido Progres­­sista (FrP, da direita populista) norueguês e de seu movimento jovem, além de participar de um fórum neonazista sueco na in­­ternet.

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O FrP confirmou que Behring se filiou ao partido em 1999, mas saiu da lista de membros em 2006. Ele também foi o responsável local do movimento juvenil do FrP entre 2002 e 2004.

A polícia definiu Behring como um "fundamentalista cristão" de direita, hostil ao islamismo. De acordo com Mikel Ek­­man, investigador da Fundação Expo, com base em Estocolmo, que monitora grupos de extrema direita, Behring criou um perfil em 2009 sob um pseudônimo que pode ser rastreado para seu endereço de e-mail em um fó­­rum neonazista sueco chamado Nordisk. Fundado em 2007, o Nordisk conta com 22 mil membros na região.

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Isolamento

O pai de Breivik, que não via o filho desde 1995, disse ter ficado emocionado ao ver a fotografia de seu filho na primeira página dos jornais on-line no dia da tragédia, segundo o diário norueguês Verdens Gang. "Estava lendo as notícias na internet e, de repente, vi seu nome e sua foto. Ainda não consegui me recuperar da comoção", declarou o aposentado, que vive numa cidade francesa e preferiu não ter o no­­me revelado.

O homem, divorciado da mu­­lher desde o nascimento do fi­­lho, disse ter perdido o contato em 1995, quando Anders Beh­­ring Breivik tinha 15 ou 16 anos. "Quando era mais novo, era um menino normal, mas retraído, e não se interessava por política", disse ao jornal.