O autoproclamado organizador dos ataques de 11 de setembro nos EUA, Khalid Sheikh Mohammed, se recusou a responder às perguntas do juiz e outro homem foi reprimido em uma audiência militar na Baía de Guantánamo neste sábado para julgamento de cinco homens acusados pelo pior ataque terrorista da história dos EUA. A audiência foi interrompida antes de as acusações começarem a ser feitas, quando os homens aparentemente fizeram um protesto silencioso orquestrado contra os procedimentos.
Mohammed e os outros acusados retiraram os fones de ouvido que forneciam traduções em árabe e se recusaram a responder a qualquer pergunta do juiz, o coronel James Pohl, atrasando uma audiência que tem vários procedimentos militares. Em determinado momento, dois dos homens se levantaram para rezar ao lado das mesas de defesa, sob o olhar das tropas dispostas pelo salão de alta segurança do tribunal.
O prisioneiro Walid bin Sttash foi colocado em uma cadeira de repressão por razões não especificadas, mas logo foi removido, após concordar em se comportar. Os advogados de todos os acusados argumentaram que os cinco homens não puderam vestir roupas civis de sua escolha.
David Nevin, advogado de Mohammed, afirmou acreditar que seu cliente não respondeu às perguntas porque considera o tribunal injusto. Jim Harrington, advogado de Ramzi Binalshibh, um acusado iemenita, disse que seu cliente não responderia às questões "sem antes solucionar os problemas do confinamento". O juiz Pohl alertou que não permitiria que a audiência fosse bloqueada e continuaria sem a participação dele.
O problema do fone de ouvido foi resolvido com a chegada de tradutores ao tribunal, para traduzir tudo em voz alta e tentar manter o padrão dos tribunais, perguntando se os acusados entendiam seus direitos e aceitariam os advogados nomeados para eles. Os acusados não responderam.
Como em audiências anteriores, algumas pessoas que perderam familiares nos ataques de 11 de setembro foram selecionadas por sorteio para viajar a Guantánamo e assistir ao julgamento. Algumas das pessoas em Guantánamo disseram estar satisfeitas em ter a chance de assistir a um caso que acreditam estar atrasado demais.
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