A administração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se engajará em uma "diplomacia direta" com o Irã, informou nesta segunda-feira (26) a nova embaixadora do governo norte-americano na Organização das Nações Unidas (ONU).
Desde a revolução iraniana de 1979 os dois países não têm relações diplomáticas e nem contato diplomático direto. A embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, alertou que o Irã precisa obedecer os pedidos do Conselho de Segurança (CS) da organização e suspender o enriquecimento de urânio, antes que sejam abertas conversações sobre o programa nuclear da república islâmica.
"O diálogo e a diplomacia precisam andar bem juntos, em uma mensagem firme dos Estados Unidos e da comunidade internacional, de que o Irã precisa cumprir suas obrigações como foi definido pelo Conselho de Segurança. A contínua recusa do Irã em fazer isso apenas aumenta a pressão", ela disse aos repórteres durante uma breve coletiva.
Os comentários de Susan Rice, que refletem os sinais de Obama por melhores relações com o Irã, após oito anos do governo de George W. Bush e mais de vinte anos de outras administrações em Washington, foram feitos logo após ela ter uma reunião com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O Irã ainda considera os EUA o "Grande Satã", mas um dia após a posse Obama, o governo de Teerã disse que o país estava "pronto para uma nova abordagem com os EUA". O chanceler do Irã, Manouchehr Mottaki, disse que o governo do Irã estuda permitir que os EUA abram um escritório diplomático em Teerã, que seria a primeira representação dos EUA no Irã desde 1979.
Rice disse que os EUA permanecem "profundamente preocupados com a ameaça que o programa nuclear do Irã representa para a região, para os EUA e a comunidade internacional inteira".
"Nós vamos nos engajar em uma vigorosa diplomacia, que incluirá a diplomacia direta com o Irã", ela disse. Essa diplomacia incluirá "a parceira e colaboração contínuas" com os outros quatro integrantes do CS - China, Rússia, Grã-Bretanha e França, bem como a Alemanha, disse Rice.
"Ao mesmo tempo, nós vamos procurar o que é apropriado e necessário para manter a pressão, com o objetivo de acabar com o programa nuclear do Irã", disse.
Nos últimos anos, funcionários americanos e iranianos tiveram que manter conversações sobre o Afeganistão e o Iraque, em reuniões que envolveram diplomatas de terceiros países. A agenda ficou limitada, no entanto, ao tema da segurança. As informações são da Associated Press.
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