Curitiba Otimista, a afegã Roqia Atbai, de 36 anos, que mora com seus três filhos em Porto Alegre (RS) há três anos, diz acreditar que as eleições parlamentares são um momento importante da história de sua terra natal e que o fato de as mulheres poderem votar e se candidatar é uma vitória. "Tudo pode melhorar, mas só voltarei se a situação realmente se estabilizar." O marido de Roqia retornou ao Afeganistão há três meses por não ter conseguido emprego no Brasil.
A filha de Roqia, Farhad Atbai, de 13 anos, diz que o pleito é a oportunidade de o país "recomeçar" após o longo período de guerra. "Tenho esperança que o país melhore, com menos violência e menos discriminação contra as mulheres." A jovem afegã deixou Cabul com apenas 4 anos e não guardou muitas lembranças. "Tenho vontade de passear lá e rever meus parentes. Mas gosto muito do Brasil, pretendo continuar morando aqui".
Consciente da situação política de seu país, Farhad comenta que se tivesse ficado em Cabul provavelmente não teria tido a oportunidade de estudar. "Os talebans não deixariam." Farhad, que morou dos 6 aos 10 anos na Índia, é a atração no colégio. "Meus colegas querem saber das palavras em hindu. Ficam curiosos para saber como era a minha vida lá".
Omar Atbai, de 15 anos, filho mais velho de Roqia, acha que o cenário de violência no Afeganistão ainda pode levar tempo para mudar. "O Taleban ainda tem muita força". (KC)
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Tensão aumenta com pressão da esquerda, mas Exército diz que não vai acabar com kids pretos
O começo da luta contra a resolução do Conanda
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas