As forças de segurança sírias têm praticado execuções, prisões em massa e tortura para reprimir os protestos pró-democracia, denunciou o escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) na quarta-feira, num relatório que poderá se somar aos pedidos por uma resposta global mais forte.
Cidades inteiras foram sitiadas, incluindo Deraa, impedindo a fuga de civis e privando muitos deles do abastecimento de comida e do acesso a assistência médica, especialmente aos feridos, disse o relatório.
Acredita-se que mais de 1.100 pessoas tenham sido mortas, muitas delas civis desarmados, e até 10 mil detidos desde o início da repressão promovida pelo presidente Bashar al-Assad, em meados de março, disse a alta comissária da ONU para os direitos humanos, Navi Pillay, reiterando números divulgados por ela na semana passada.
O principal grupo ativista sírio organizando os protestos afirmou no domingo que a repressão já matou 1.300 civis.
"A taxa de vítimas crescente entre civis é alarmante", disse Pillay num discurso no conselho de direitos humanos da ONU.
"Estou seriamente preocupada com os direitos humanos e a crise humanitária enfrentada pelo país."
Em um relatório ao fórum de 47 membros, o escritório dela disse que recebeu várias acusações de violações cometidas pelas forças sírias, incluindo "o uso excessivo da força para reprimir manifestantes, detenções arbitrárias, execuções sumárias, tortura" e a eliminação das liberdades de assembleia e de expressão.
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