O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, acusou Israel de "políticas desumanas" nos territórios palestinos e de dominar as questões políticas e econômicas do mundo em declarações preparadas para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira (23).
Ahmadinejad não mencionou o impasse de Teerã com potências ocidentais sobre suas ambições nucleares no texto de seu discurso, que foi divulgado antecipadamente.
Mas ele acusou forças estrangeiras de espalhar "guerra, derramamento de sangue, agressão, terror e intimidação" no Oriente Médio, citando as guerras no Iraque e no Afeganistão.
Sobre Israel, alvo frequente da fúria de Ahmadinejad, o líder iraniano disse que "o despertar de nações e a expansão da liberdade no mundo não mais permitirão que eles continuem com suas atitudes hipócritas e odiosas".
"Como alguém pode imaginar que as políticas desumanas na Palestina possam continuar?", questionou.
"Como podem crimes dos ocupantes contra mulheres e crianças indefesas e a destruição de suas casas, plantações, hospitais e escolas serem apoiados incondicionalmente por certos governos?"
O líder iraniano disse que chegou a hora do mundo responder.
"Não é mais aceitável que uma pequena minoria possa dominar a política, a economia e a cultura em grande parte do mundo, com suas complicadas redes, e estabelecer uma nova forma de escravidão, ferir a reputação de outras nações, mesmo nações europeias e os Estados Unidos, para manter suas ambições racistas", disse.
Ahmadinejad, que nesta quarta-feira foi alvo de uma manifestação do lado de fora da missão iraniana na ONU, pareceu desdenhar as acusações da oposição de que sua reeleição em junho foi uma fraude.
"Nossa nação passou por uma eleição gloriosa e totalmente democrática, abrindo um novo capítulo para nosso país na marcha em direção ao progresso nacional e a interações internacionais aprimoradas", disse ele, acrescentando que os eleitores iranianos "confiaram em mim mais uma vez com uma ampla maioria".
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