O artista e dissidente chinês Ai Weiwei disse nesta terça-feira que a esposa dele foi convocada a comparecer em uma delegacia de polícia, a mais recente pessoa próxima a ele a ser levada a um interrogatório. Ai Weiwei afirmou que Lu Qing, que é a representante legal de uma companhia acusada de maciça evasão fiscal, foi convocada a comparecer na delegacia às 14 horas (horário local), sem qualquer explicação. "Estou bastante preocupado. Ela é uma pessoa inocente. Se eu fiz alguma coisa errada, não tem nada a ver com ela. Eles deveriam vir diretamente a mim, não a ela", disse Ai.

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"Algumas semanas atrás, meu assistente foi questionado por postar fotos. Há quatro dias, outro assistente, que me ajudou a fazer sementes de girassol, também recebeu uma ligação da polícia de Pequim, convocando-o a comparecer a uma delegacia." No ano passado, o artista cobriu o chão do museu Tate Modern, em Londres, com 100 milhões de sementes de girassol em porcelana como parte de uma exibição.

Ai desapareceu sob custódia da polícia por 81 dias mais cedo neste ano. Após a libertação, ele foi acusado de evasão fiscal relacionada a negociações feitas pela Fake Cultural Development, uma companhia que ele fundou, mas é legalmente de propriedade de Lu.

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O artista disse que conseguiu conversar com Lu pelo telefone. "Eu liguei para ela e perguntei o que eles estavam fazendo. Ela afirmou que eles apenas estavam fazendo perguntas do tipo de onde ela veio, onde estudou...", disse Ai. Ele acrescentou que não tem ideia se as perguntas estavam relacionadas ao fato de a companhia estar envolvida em acusações de evasão fiscal. "Talvez eles estejam tentando ameaçá-la. Eu não sei", afirmou. As informações são da Dow Jones.