Inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) concluíram que o Irã está começando a enriquecer urânio em uma escala muito maior após resolver problemas técnicos, informou o jornal The New York Times na segunda-feira.
Em inspeção às operações iranianas na principal instalação nuclear do país em Natanz no domingo, os inspetores descobriram que os engenheiros iranianos já utilizam cerca de 1.300 centrífugas e estão produzindo combustível que pode ser usado em reatores nucleares, informou o jornal em seu site, citando diplomatas e especialistas nucleares em Viena.
As principais potências mundiais acusam o Irã de realizar um programa nuclear com o objetivo de desenvolver armas, mas o Irã insiste que quer apenas produzir energia elétrica.
A matéria do jornal, que veio de Viena, onde fica a sede da AIEA, afirma que até recentemente os iranianos não conseguiam fazer as centrífugas girar na velocidade necessária para a produção de combustível nuclear.
"Acreditamos que eles têm o conhecimento sobre como enriquecer", disse o diretor-geral da AIEA, Mohammed El-Baradei, segundo o jornal.
"De agora em diante, é apenas uma simples questão de aprimorar esse conhecimento. As pessoas não vão gostar de ouvir isso, mas é um fato."
O material produzido até agora teria que ser mais enriquecido para ser usado numa bomba, segundo o jornal. Também é incerto se o Irã tem a capacidade para produzir uma arma pequena o bastante para caber em seus mísseis.
Em Washington, uma importante autoridade norte-americana disse à Reuters: "O relógio está correndo. Simplesmente não sei quanto tempo resta. Uma coisa é conseguir enriquecer urânio num nível alto o bastante para uma arma nuclear, mas depois disso você tem que ter certeza de que tem uma quantia significativa, o que significa o bastante para uma explosão, e depois conseguir fazer isso caber em um dispositivo e dentro de um veículo de entrega (míssil)".
Já um porta-voz do Departamento de Estado afirmou que "não temos familiaridade com nenhuma nova avaliação da AIEA" sobre o Irã.
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