Uma onda de ataques ao longo de um dia matando mais de 100 pessoas mostrou que a Al-Qaeda mantém o poder para desencadear violência por todo o Iraque e as forças iraquianas não podem abaixar a guarda, disse um importante general norte-americano na terça-feira.

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O general Ralph Baker, um dos três generais subcomandantes para as forças dos Estados Unidos na região central do Iraque, disse que a capacidade do grupo islâmico sunita local havia sido reduzida pelas prisões e mortes de agentes importantes, incluindo seus dois principais líderes.

Ainda assim, o ataque violento de segunda-feira desde a instável cidade de Mosul, no norte, até o centro petrolífero de Basra, no sul, mostrou "que a Al-Qaeda ainda possui uma capacidade limitada de comando e controle pelo país", disse Baker numa entrevista.

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"Isso deveria ser um aviso de alerta às forças de segurança iraquianas de que eles não podem dormir sobre os louros da glória em termos de seus sucessos recentes", disse Baker.

Os insurgentes mataram ao menos 125 pessoas depois de explodir bombas contra trabalhadores de uma fábrica têxtil na cidade de Hilla, no sul, alvejando mercados em locais como Basra, e atacando postos de checagem em Bagdá com armas silenciosas. Mais de 600 pessoas ficaram feridas.

O derramamento de sangue ocorreu em meio a tensões após a eleição de 7 de março que não resultou em nenhum franco favorito e antes do encerramento das operações de combate dos EUA em agosto e uma retirada completa no ano que vem.

Uma liderança inter-sectária liderada pelo ex-premiê Iyad Allawi, um xiita secular, obteve forte apoio da minoria sunita para assumir uma das duas cadeiras da liderança na eleição parlamentar.

Mas o bloco do primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki, e outra importante aliança xiita iraquiana concordaram em formar uma união, uma iniciativa que poderia deixar de escanteio Allawi e enfurecer seus partidários sunitas.

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Muitos dos ataques de segunda-feira envolveram homens-bomba, marca da Al-Qaeda.

A violência foi vista como uma mensagem da Al-Qaeda no Iraque de que permanece forte, apesar de ter sofrido golpes, incluindo uma operação em abril que matou o líder Abu Ayyub al-Masri.

A mesma operação matou Abu Omar al-Baghdadi, suposto líder da afiliada iraquiana da Al-Qaeda, o Estado Islâmico do Iraque, e obteve muitas informações e dados de inteligência.

"Acho que (os ataques) são uma mensagem da Al Qaeda de que não está derrotada. Pode ser um esforço de propaganda para recrutar, já que sabemos que eles estão tendo dificuldades no recrutamento", afirmou Baker.

Também foi uma tentativa de enfraquecer Maliki e de reacender a violência sectária.

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