A Albânia rejeitou um pedido norte-americano para sediar o desmantelamento das armas químicas da Síria, em um golpe para o acordo entre Estados Unidos e Rússia cuja meta é eliminar os agentes nervosos usados na guerra civil do país.
As negociações ocorreram até o último momento, atrasando a adoção nesta sexta-feira de um plano para se livrar de 1.300 toneladas de gás sarin, mostarda e outros agentes químicos da Síria.
A recusa da Albânia representa uma ruptura sem precedentes de sua tradicional fidelidade aos EUA, seu aliado na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A decisão se seguiu a uma onda de protestos na república adriática, onde manifestantes reclamaram de exploração.
"É impossível para a Albânia se envolver nesta operação", disse o primeiro-ministro, Edi Rama, que está no cargo há apenas dois meses, em um pronunciamento televisionado.
"Não temos a capacidade necessária para nos envolver nessa operação", disse ele, após dias de crescentes protestos do lado de fora de prédios governamentais.
Centenas de manifestantes, incluindo estudantes, se reuniram para denunciar o plano nesta sexta-feira, com a palavra "NÃO" pintada em seus rostos.
Não havia uma indicação imediata sobre o próximo local que os EUA e a Rússia podem buscar para desmantelar as armas químicas da Síria.
Esta sexta-feira era o prazo final para que detalhes do plano fossem acordados entre Damasco e a Organização para a Proibição de Armas Químicas.
A Síria concordou em setembro destruir todo o seu estoque de armas químicas.
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode