Uma autoridade alemã disse neste domingo (5) que brotos de feijão cultivados localmente podem ser a "mais convincente" causa do surto mortal de E.coli que matou 22 pessoas e deixou mais de 2 mil doentes em toda a Europa.
O ministro da agricultura no estado de Lower-Saxony, próximo a Hamburgo, Gert Lindemann, disse em uma coletiva de imprensa que uma empresa na região de Uelzen tinha sido fechada e os resultados dos testes eram previstos para segunda-feira.
"Havia uma trilha muito clara (para esta empresa) como a fonte da infecção", disse Lindemann em uma conferência transmitida pela N-TV. Ele pediu que os consumidores do norte da Alemanha não comam nenhum tipo de broto.
"É a mais convincente... fonte para a doença E.coli", disse.
Mais cedo, uma autoridade do governo havia afirmado à Reuters que investigadores haviam identificado brotos de feijão como a possível origem da bactéria. A autoridade disse que funcionários conseguiram rastrear precisamente as rotas de abastecimentos desses brotos.
Autoridades têm corrido para encontrar a origem do patógeno, que infectou pessoas em 12 países --sendo que todos haviam viajado para o norte da Alemanha. Muitos deles desenvolveram a Síndrome Urêmica Hemolítica (HUS), uma complicação potencialmente fatal que ataca os rins.
O tipo raro de E.coli tem a capacidade de furar a parede do intestino, onde libera toxinas, o que causa às vezes diarréia com sangue e problemas renais. Alguns pacientes necessitam de cuidados intensivos, como diálise.
Em comunicado, o ministério afirmou que os brotos de feijão da companhia foram entregues a restaurantes e empresas que prestam serviços de alimentação nos estados de Hamburgo, Schleswig-Holstein, Mecklenburg-Vorpommern, Hesse e Lower Saxony.
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