O chanceler alemão, Gerhard Schroeder, insistiu nesta sexta-feira que Berlim manterá sua candidatura a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, mas reconheceu que isso pode demorar.

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Na quinta-feira, líderes africanos rejeitaram o assédio de Alemanha, Brasil, Japão e Índia para apoiar o plano do chamado G4 para a criação de seis novas vagas permanentes no principal órgão da ONU - para os quatro países, mais dois africanos. Estados Unidos e China são contra a proposta.

- É realmente hora de que a História do pós-guerra seja finalmente superada dentro do Conselho de Segurança da ONU - disse Schroeder sobre o fórum de 15 membros, cuja composição reflete o equilíbrio de poder existente em 1945. - Agora precisamos ver se podemos levar isso adiante no interesse de nós quatro, porque não se trata só da Alemanha. Pode levar mais tempo. Se precisarmos de mais tempo, vamos esperar - acrescentou ele durante passagem pela cidade de Kassel, no centro da Alemanha.

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Schroeder argumenta que a Alemanha, unificada há mais de dez anos, merece mais influência em organismos multilaterais. Mas analistas dizem que sua capacidade de negociação está prejudicada pelas pesquisas que apontam sua derrota na eleição de 18 de setembro.

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu que os países concluam os às vezes ríspidos debates sobre a reforma antes da cúpula da ONU prevista para setembro.

Sem o apoio da União Africana, o G4 dificilmente contará com os dois terços dos votos necessários na Assembléia Geral da ONU, que reúne todos os 191 países. Mesmo que a proposta passe na Assembléia, pode ser barrada no conselho, onde EUA, China, Rússia, França e Grã-Bretanha, os membros permanentes, têm poder de veto.