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A Alemanha é cética perante a opção de entregar armas à oposição síria, dado que poderiam cair em mãos erradas, e aposta por uma solução política militar para o conflito no país árabe, declarou neste sábado o ministro das Relações Exteriores germânico, Guido Westerwelle.

"Com relação à entrega de armas aos rebeldes sírios, somos céticos porque nos preocupa que possam cair em mãos erradas, ou seja, mãos islamitas, radicais, mas é um assunto que tem que ser debatido no seio da União Europeia e se verá em breve em Luxemburgo e em Bruxelas", disse neste sábado em Istambul.

O ministro fez estas declarações a um grupo reduzido de jornalista antes do início da conferência de ministros do Grupo de Amigos da Síria, realizada neste sábado na cidade de Bósforo com a participação de 11 países, além da oposição síria.

"Achamos que a solução militar não pode ser a meta. Buscamos uma solução política, que será sustentável e permitirá um novo arranque democrático no país. Esperamos da oposição que se distancie claramente das forças radicais islâmicas, terroristas", advertiu o ministro alemão.

O chefe militar do Exército Livre da Síria (ELKS), Salim Idris, antecipou ontem que os rebeldes sob seu controle não manterão relação alguma com o grupo jihadista Yabhat al Nusra, considerado terrorista pelos Estados Unidos, e que é o agrupamento melhor armados dos que combatem o regime de Bashar al Assad.

Westerwelle diz que "um reinício democrático só será possível se houver tolerância religiosa, se o país der lugar a todos os grupos".

O ministro deu também seu respaldo às "ofertas de diálogo da Coalizão Nacional Síria", que reúne os diferentes grupos da oposição, embora as declarações neste sentido de Moaz Khatib, nomeado primeiro-ministro interino pela Coalizão, foram fortemente críticadas no próprio seio do organismo opositor.

Além de Westerwelle, assistem à cúpula seus colegas da França, Laurent Fabius, do Reino Unido, William Hague, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e os ministros da Itália, Catar, Arábia Saudita, Jordânia e Emirados Árabes Unidos.

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