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A tempestade tropical Alex se aproxima na terça-feira da força de um furacão, mas segue numa rota ao norte das plataformas petrolíferas do México e dos EUA na região, numa notícia bem recebida pelos mercados energéticos.

Primeira tempestade a ser nomeada na atual temporada de furacões, Alex deve se afastar lentamente da península Yucatán, passando sobre o sul do Golfo do México, para então fazer uma curva para noroeste e se distanciar das principais instalações petrolíferas. Ainda nesta semana o furacão deve voltar à costa, na altura da fronteira EUA-México.

A previsão meteorológica contribuiu para que o preço do barril de petróleo no mercado futuro dos EUA caísse 2,95 por cento no contrato agosto, cotado a 75,94 dólares por barril.

Embora a maioria das previsões já indicasse que não haveria impacto sobre o setor petrolífero, algumas empresas retiraram seus funcionários e paralisaram a produção, como precaução.

A tempestade não deve atingir a operação de combate ao vazamento de petróleo no poço Macondo, da BP, mas ondas de até quatro metros podem adiar a entrada em operação de um terceiro sistema de coleta do óleo, segundo a companhia britânica.

Alex tem ventos regulares de cerca de 110 quilômetros por hora, e seu centro está a cerca de 465 quilômetros a sudeste de Brownsville, no Texas, e deslocando-se para noroeste a 20 quilômetros por hora, disse o Centro Nacional de Furacões dos EUA em seu boletim das 18h (hora de Brasília).

Depois de matar dez pessoas na América Central, a tempestade ainda deve provocar fortes chuvas no nordeste do México e sul do Texas, onde as autoridades prepararam veículos de resgate e abrigos nas localidades de San Antonio e Laredo. A prefeitura de South Padre Island pediu que moradores e turistas fujam.

Por causa das fortes ondas, o México fechou desde domingo os seus portos de Dos Bocas e Cayo Arcas, responsáveis por cerca de 80 por cento das exportações nacionais de petróleo.

A estatal Pemex disse que suas plataformas no sul do Golfo do México estão operando normalmente, mas que o acesso a elas por helicóptero está interrompido.

A temporada de furacões no Atlântico vai do começo de junho ao fim de novembro, e os meteorologistas preveem que este ano será muito ativo. Os furacões se alimentam da água quente na superfície marítima, e as águas da superfície do Atlântico tropical estão mais aquecidas neste ano do que o habitual.

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