Cabul - Militantes suicidas ligados ao Taleban realizaram ontem um ataque a um alojamento em Cabul onde estavam abrigados funcionários das Nações Unidas, matando 12 pessoas, segundo a polícia afegã. Entre os mortos havia seis funcionários da ONU, o maior número de baixas para a entidade mundial no Afeganistão desde 2001.
A polícia e autoridades da ONU confirmaram que morreram, além dos seis funcionários da entidade, três supostos suicidas, dois guardas e um civil afegão. Não estava ainda claro se havia outros agressores envolvidos, além dos três suspeitos que morreram. Entre os mortos está o cunhado de um dos mais poderosos governadores afegãos, Gul Agha Sherzai, da província de Nangarhar.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o ataque contra os funcionários da entidade como um ato "desprezível e brutal". Ban ressaltou, porém, que a ONU segue comprometida com o Afeganistão.
A Casa Branca, por sua vez, afirmou que o violento ataque é uma tentativa de atrapalhar o segundo turno das eleições presidenciais no Afeganistão, marcadas para 7 de novembro.
O porta-voz Robert Gibbs disse que a administração Barack Obama acredita que as tentativas de interferir na votação não terão sucesso. Ele ainda afirmou que não serão revistos os procedimentos de segurança por causa do atentado.
"A administração está confiante de que há recursos apropriados para se conduzir uma eleição", afirmou o porta-voz.
Estratégia
No atentado de ontem, os agressores invadiram uma das pousadas da capital, a Bakhtar, mas foram expulsos por guardas de outra hospedaria, a Imperial. Eles também dispararam vários foguetes contra o hotel Serena, o mais luxuoso de Cabul, onde diplomatas estrangeiros, altos funcionários da ONU e jornalistas costumam se hospedar.
"Este é um dia negro para a ONU no Afeganistão", disse Kai Eide, representante especial da entidade em Cabul. A ONU está envolvida na preparação do segundo turno das eleições presidenciais afegãs.
O Taleban é contrário à realização do pleito enquanto tropas ocidentais permanecerem no país e prometeu atrapalhar o segundo turno matando funcionários eleitorais e eleitores.
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