O número de famílias cristãs que já fugiram de Mosul, cidade no Norte do Iraque, chegou a 1.350, disseram autoridades nesta quarta-feira (15). O dado foi divulgado por vice-governador de Nineveh, Khasro Goran, citando informações do escritório de imigração e desabrigados do estado.
As famílias fugiram porque foram ameaçadas por radicais: ou elas se convertiam ao islamismo ou enfrentavam o risco de morte. Recentemente, foram registrados vários assassinatos com fundo religioso na região de Mosul e localidades vizinhas.
Quatorze cristãos foram mortos nas últimas duas semanas na cidade, que fica a 420 quilômetros de Bagdá. Em resposta aos ataques, autoridades determinaram o estabelecimento de mais postos de controle em áreas predominantemente ocupadas por cristãos.
Acredita-se que os ataques tenham sido detonados depois que grupos cristãos foram às ruas exigindo maior representação política na assembléia legislativa, cujos membros serão escolhidos em 31 de janeiro do próximo ano.
O Iraque está dividido pelas seguintes religiões: islamismo, 96,5%; ateísmo representando 0,7% da população, e outras, 2,9%.