Ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim: decisões sobre refúgio dependem do país de origem| Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Foz do Iguaçu - A "vontade política" brasileira em relação ao pleito de Fernando Lugo pela revogação do status de refugiado a três paraguaios asilados e acusados de pertencer ao Exército do Povo Paraguaio (EPP) é confusa.

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Em Foz do Iguaçu para sua primeira reunião como conselheiro de Itaipu, na sexta-feira, o chanceler Celso Amorim afirmou que a reabertura do caso dependeria do surgimento de fatos contundentes. "O Paraguai apresentou novos elementos que devem ser analisados, como o conteúdo de vários e-mails encontrados no computador de um dos suspeitos de envolvimento com a guerrilha colombiana. Não há como prejulgar sem uma avaliação", desconversou o ministro, referindo-se a dados encontrados no computador do guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Raúl Reyes, morto em 2008. Em Foz, Amorim aproveitou para lembrar que a decisão é de competência do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), lavando as mãos.

Mas, no início da semana passada, durante a Cúpula da Unidade, em Cancún, ele teria dito ao chanceler paraguaio que, tão logo assuma o novo coordenador do Conare, estudará o caso. A informação foi publicada pelo jornal La Nación.

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Amorim teria assumido o compromisso de acelerar a tramitação do pedido de revogação do status de refugiado aos três asilados e que o Paraguai teria uma resposta em breve.

"Ele (Amorim) confirmou que estão na expectativa de que assuma um novo coordenador do Conare. Me asseguraram de que isso ocorrerá na primeira quinzena de março", disse Lacognata, acrescentando que, após a nomeação, existe a promessa do governo Lula de atender ao pedido paraguaio.