O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta quarta-feira não ver razões para que as sanções ao Irã, aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU, tenham qualquer impacto sobre o país.
"Nós não acreditamos nas sanções", disse Amorim em coletiva de imprensa em Brasília. "Mais provável que tenham efeito negativo".
Segundo ele, a resolução "irrazoável" pode irritar mais as autoridades iranianas.
Nesta quarta-feira, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovou uma quarta rodada de sanções ao Irã por seu programa nuclear, que as potências ocidentais acusam ser um disfarce para o desenvolvimento de armas nucleares. O governo iraniano nega, alegando que possui fins pacíficos.
Apesar de o Irã ter aceitado um acordo, mediado por Brasil e Turquia, para troca de combustível nuclear, uma quarta rodada de sanções contra o país foi aprovada com 12 votos a favor. Brasil e Turquia foram contrários, e o Líbano se absteve.
Amorim se disse incerto se Brasil e Turquia continuarão envolvidos na negociação nuclear com o Irã
O chanceler declarou também esperar que as relações com os Estados Unidos, que lideraram o movimento por novas sanções, continuem se aprofundando, apesar da discordância neste tema.
- Hillary vê papel para Brasil e Turquia na diplomacia com Irã
- Obama diz que sanções são 'mensagem clara' ao Irã
- Sanções ao Irã "enfraquecem" Conselho de Segurança, diz Lula
- Ahmadinejad diz que resolução da ONU não tem valor
- Leia a explicação do voto do Brasil contra as sanções ao Irã na ONU
-
Agro diminui demanda por mão de obra básica e “caça” profissionais qualificados
-
Como Lula se livrou de ter que devolver o relógio de grife que recebeu pela presidência
-
Hora das contas: o que está sendo feito para evitar que o Brasil tenha o maior imposto do mundo
-
CPAC Brasil 2024 lota e tem entrada da família Bolsonaro durante o hino nacional