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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, disse hoje que a pretensão do Irã de não desistir de um acordo nuclear firmado com o país e a Turquia, apesar de sanções recentes, é um fato "positivo". "Há um desejo de manter o acordo como uma base, o que é positivo porque, após o que aconteceu no Conselho de Segurança, você poderia temer uma reação menos flexível por parte do Irã", afirmou Amorim durante uma visita a Bucareste, capital da Romênia.

"Eu estou encorajado pelo fato de que, apesar de muita retórica, o que é natural, o presidente (iraniano Mahmoud) Ahmadinejad disse que a declaração de Teerã ainda está sobre a mesa", completou Amorim. Essa declaração é o acordo firmado em maio entre os três países, segundo o qual o Irã deve enviar urânio enriquecido à Turquia, recebendo em troca combustível para seu reator em Teerã.

O ministro brasileiro disse que manteve recentemente contatos com graduadas autoridades do Irã, incluindo o embaixador iraniano na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), sediada em Viena.

O acordo entre Irã, Turquia e Brasil, porém, foi recebido de modo pouco entusiasmado pelas potências lideradas por Washington. Em 9 de junho, foi aprovada no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) uma quarta rodada de sanções ao país, por sua recusa a interromper o processo de enriquecimento de urânio. A União Europeia (UE) e os Estados Unidos também impuseram outras sanções contra Teerã.

As potências lideradas pelos EUA temem que o Irã mantenha um programa secreto para produzir armas nucleares. Os iranianos alegam ter apenas fins pacíficos. Amorim disse ter ficado satisfeito com a oferta do presidente francês, Nicolas Sarkozy, de conversar com o Irã no âmbito da AIEA sobre o programa atômico iraniano. As informações são da Dow Jones.

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