Os angolanos vão às urnas nesta sexta-feira (5) para escolher membros da Assembléia Nacional na segunda eleição de sua história moderna. O último pleito, disputado em 1992, acabou trazendo de volta a guerra civil de 27 anos que atingiu o país desde sua independência de Portugal. O conflito só terminou depois da morte do ex-líder da União para a Independência Total de Angola (Unita), Jonas Savimbi, em 2002.Dez partidos - entre eles a Unita (oposição) e o Movimento para a Libertação de Angola (MPLA, situação) - e quatro coligações disputam os votos de 8,3 milhões de eleitores registrados. No pleito de 1992, o MPLA garantiu 129 cadeiras no Parlamento. A Unita ficou com 70. Os demais 21 assentos ficaram com partidos menores.
A expectativa é de que o MPLA mantenha sua maioria no legislativo, mas também que a Unita obtenha boa votação, especialmente entre a população do subúrbio de Luanda. A cidade teve um crescimento desordenado durante a guerra, recebendo refugiados das zonas rurais, que vivem em condições precárias, sem eletricidade e água encanada.
Os resultados desta eleição devem ser divulgados em, no máximo, 15 dias. O pleito está sendo encarado como um "ensaio" para as eleições presidenciais, previstas para 2009.