A Anistia Internacional pediu nesta quarta-feira que o Malaui liberte os dois homens detidos na semana passada após terem se tornado o primeiro casal gay a se casar no conservador país africano que proíbe o homossexualismo.
Uma Corte do Malaui negou na segunda-feira o pagamento de fiança a Steve Mojeza e Tiwonge Chimbalanga, presos acusados de indecência pública pelo casamento simbólico ocorrido em 26 de dezembro.
Em um comunicado, a Anistia Internacional disse que a prisão dos homens foi uma violação aos direitos de "liberdade de consciência, expressão e privacidade".
"A Anistia Internacional considera indivíduos detidos somente por sua opção sexual como prisioneiros da consciência e pede pela sua liberação imediata e incondicional", acrescentou.
O grupo de direitos também criticou o que afirmou serem tentativas de realizar exames nos homens para comprovar se tiveram relações sexuais.
"A prisão... ameaça colocar na clandestinidade homens que têm sexo com homens, tornando mais difíceis o acesso à informação sobre prevenção ao HIV e serviços de saúde", afirmou a Anistia.
A Aids já matou mais de 800.000 pessoas no Malaui desde o primeiro caso registrado, em 1985, dizimando uma geração de adultos e deixando mais de um milhão de órfãos.
Nesta quarta-feira, a polícia do Malaui disse que os dois homens foram submetidos a testes psiquiátricos durante as investigações. Ambos podem ser condenados a até 14 anos de prisão.
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