Pelo menos 36 pessoas morreram quando homens armados tentaram resgatar prisioneiros islâmicos neste domingo (18), numa troca de tiros com a polícia do Egito nos arredores de uma prisão no Cairo, afirmou a agência de noticias estatal Mena. De acordo com a agência, vários homens armados morreram após atacar um comboio policial que transferia cerca de 600 prisioneiros da Irmandade Muçulmana para a prisão de Abu Zaabal, no norte da capital egípcia.
O Ministério do Interior afirmou mais cedo que a transferência era feita porque os prisioneiros se rebelaram e tentaram escapar e que, para contê-los, usou gás lacrimogêneo. Uma autoridade de segurança afirmou que um policial foi feito refém e que ficou ferido. A polícia prendeu mais de mil manifestantes islâmicos desde a quarta-feira, 14, quando, com militares, deram início a uma sangrenta repressão aos que apoiam o presidente deposto Mohamed Morsi.
O ministério disse neste domingo que banirá grupos de manifestantes em vigília responsáveis pela criação dos autodenominados "comitês populares" nas ruas da capital. "O Ministério do Interior decidiu proibir a criação de comitês populares, utilizados por alguns para conduzir atos ilegais", disse, em nota.
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