Madri Os agentes dos aeroportos e aviões da Europa estão mais do que atentos desde a prisão pela polícia britânica de mais de 20 suspeitos de terrorismo (dia 10). Qualquer sinal de ameaça basta para que aviões sejam revistados e passageiros retirados de seus lugares. Pelo menos é o que mostra a série de episódios registrados nos últimos dias.
Há uma semana, dois homens foram obrigados a descer de um avião que ia de Málaga (sul da Espanha) a Manchester (norte da Inglaterra) devido ao temor dos passageiros de que fossem terroristas. O motivo: eles tinham "aparência asiática ou árabe". A denúncia teria partido de passageiros que se recusavam a viajar no mesmo avião, um Airbus 320.
Desde o alerta da polícia britânica, houve outras situações preocupantes: no aeroporto Tri-State, em Huntington, na Virgínia Ocidental, num vôo da Pacific Blue de Fiji para Sydney e num avião britânico que ia de Londres para o Egito e foi desviado para a Itália.
O medo coletivo tem servido até mesmo como desculpa. Ontem, as autoridades de Chicago (EUA) informaram que um homem de 29 anos, que viajava acompanhado pela mãe, afirmou ter uma bomba em sua bagagem porque não queria que ela soubesse que o objeto era um extensor de pênis. Mas o resultado não foi apenas engraçado. Madin Azad Amin Amin, o dono do extensor de pênis, foi formalmente acusado de crime contra a ordem e poderá ser condenado a três anos de prisão.