A sonda espacial New Horizons, da Nasa, a agência especial americana, chegou ontem a 12,5 mil quilômetros da superfície de Plutão, em sua maior aproximação do planeta. A viagem durou 9 anos e foram percorridos 4,88 bilhões de quilômetros.
A aproximação ocorreu às 6h49 (horário de Brasília) e a sonda ficou 22 horas perto do planeta. As informações coletadas só seriam enviadas durante a noite, por causa da distância — a demora é de cerca de 4,5 horas.
Na segunda-feira, a agência espacial americana informou que, com as imagens do planeta feitas anteriormente pela sonda, constatou-se que Plutão é maior do que se imaginava. São 80 quilômetros a mais de diâmetro, um total de 2,370 milhões de quilômetros.
Características como quantidade de gelo no interior do planeta também já foram identificadas. Segundo a Nasa, Plutão tem mais gelo do que se esperava e sua troposfera é mais rasa.
Na central da Nasa onde se realizam as contagens regressivas, centenas de pessoas aguardavam a confirmação da aproximação, incluindo os dois filhos do astrônomo americano Clyde Tombaugh, que descobriu Plutão em 1930.
A conquista é o ápice de um esforço de 50 anos para explorar o Sistema Solar. “É realmente uma marca na história da humanidade”, disse o cientista John Grunsfeld, do centro de controle da missão no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins.
Plutão era o único dos planetas “clássicos” do Sistema Solar que ainda não havia sido visitado por uma sonda. Os cientistas têm muitas perguntas sobre Plutão, que em 2006, quando a New Horizons foi lançada, ainda era considerado um planeta. Ele foi rebaixado à classificação de “planeta anão” após a descoberta de outro planeta parecido orbitando depois de Netuno no Cinturão Kuiper. O envio da New Horizon custou US$ 720 milhões à Nasa.
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