Autoridades palestinas disseram nesta segunda-feira que estão tentando localizar um soldado israelense que pode ter sido seqüestrado em ação na Faixa de Gaza. O sumiço do militar levou Israel a ameaçar lançar uma grande ofensiva contra os territórios palestinos.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, deu 48 horas para os palestinos devolverem Gilad Shalit, que desapareceu no ataque de domingo, realizado em um posto na fronteira e com participação de membros do Hamas.
Israel ameaça represálias, que podem incluir uma nova invasão de Gaza -- território costeiro que deixou no ano passado, após 38 anos de ocupação. O governo palestino liderado pelo Hamas, e o presidente Mahmoud Abbas, mais moderado, pediram a libertação de Shalit.
Autoridades de segurança palestina disseram que estão negociando com um grupo que assumiu a responsabilidade pela ação na fronteira, apesar de não ter confirmado estar em posse de Shalit.
Os Comitês de Resistência Popular, coalizão que realizou o ataque junto com o Hamas, rejeitou as notícias na mídia de que está com Shalit.
- Continuamos nossos esforços para libertar o soldado seqüestrado - disse um mediador que pediu anonimato. - Por hora, recebemos a informação de que o soldado está bem. Ele está em boas condições e está sendo bem tratado.
Olmert considera Hamas e Abbas responsáveis pelo ataque, prejudicando as expectativas de que Israel possa retomar as negociações de paz através de debates com o presidente palestino.
- Consideramos Abu Mazen (Abbas) responsável. Ele tem a responsabilidade final pelo o que acontece - disse o ministro da Justiça israelense, Haim Ramon, à Rádio Israel.
TROCA REJEITADA
Emissários egípcios estão ajudando nos esforços para acabar com a crise. Autoridades israelenses rejeitaram qualquer troca por Shalit, de 19 anos.
- Estamos negociando para trazer Gilad para casa. Não temos intenção de negociar com o Hamas sobre uma troca de prisioneiros - disse Ramon, acrescentando que Israel acredita que ele está bem, apesar de possivelmente ferido.
Tropas e veículos blindados de Israel estão sendo concentrados nas fronteiras com Gaza. Ramon disse que uma incursão não constituiria uma reocupação.
- Esta operação, mesmo se durar mais de alguns dias, não vai durar por anos. Será puramente militar - disse. - Nós saímos de Gaza. Não há motivo para ninguém de Gaza agir contra Israel.
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