Além da ofensiva contra a flotilha de ativistas, Israel lançou uma outra campanha, desta vez de relações públicas, para tentar vencer a guerra de propaganda contra os militantes pró-palestinos. A sofisticada operação envolveu porta-vozes do Exército, da chancelaria e do governo, que se esforçaram para dar sua versão dos acontecimentos.
Durante o dia, uma enxurrada de e-mails, vídeos e mensagens de texto foram disparados para as redações e estúdios de TVs de todo o mundo. Mesmo antes da chegada da flotilha, o governo israelense já tinha se engajado numa guerra de relações públicas.
Durante a semana, o governo se apressou em negar que houvesse uma crise humana em Gaza. "Não há escassez de combustível e medicamentos. Os palestinos não estão passando nenhuma necessidade em Gaza", afirmou na sexta-feira Avital Liebovitch, porta-voz do Exército.
A contraofensiva do governo incluiu a publicação de um folheto convidando os correspondentes estrangeiros a visitar um dos poucos restaurantes de luxo da Faixa de Gaza. "Recomendamos o estrogonofe e a sopa de creme de espinafre", dizia a brochura.
Após a ação, o governo tentou justificar a violência ligando os ativistas a grupo terroristas, incluindo à Al-Qaeda. Para fortalecer o argumento, divulgaram imagens de estilingues e bolinhas de gude, que seriam armas usadas pelos militantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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