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A América Latina se somou na segunda-feira à condenação internacional a Israel pelo ataque a uma frota de barcos que tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

A chancelaria do México, que presidirá o Conselho de Segurança da ONU em junho, criticou o ataque ocorrido em águas internacionais e exigiu o fim do bloqueio à Faixa de Gaza.

"O governo do México solicita que se realize uma investigação ampla sobre esses fatos e que se tomem as medidas que permitam resolver em breve a situação regional, com vistas a retomar o processo de paz no Oriente Médio," disse o comunicado.

Soldados israelenses atacaram na madrugada de segunda-feira uma frota naval que levava 10 mil toneladas de ajuda humanitária e 700 pessoas para Gaza, deixando nove mortes e atraindo ampla condenação internacional, inclusive de países aliados do Estado judeu .

O Brasil também pediu uma investigação independente do incidente e convocou o embaixador israelense em Brasília para manifestar sua "indignação."

"Não há justificativa para uma intervenção militar em um comboio pacífico, de caráter estritamente humanitário," disse o Itamaraty em nota.

O governo da Venezuela condenou o "brutal massacre cometido pelo Estado de Israel" e reafirmou seu apoio "à luta do povo palestino pela liberdade."

A Argentina também condenou o ataque e pediu "o fim imediato dos atos de violência que agravam a situação no Oriente Médio, e a suspensão do bloqueio à população de Gaza, permitindo a livre circulação... e o ingresso de ajuda humanitária."

As embarcações, a maioria das quais turcas, tentavam furar o bloqueio comercial que há anos priva a população de Gaza do acesso a mantimentos essenciais, como parte da pressão de Israel contra o governo do grupo islâmico Hamas.

Em meio a uma breve visita do primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, o Chile deplorou o ataque, bem como qualquer forma de violência. O chanceler Alfredo Moreno manifestou pessoalmente a Erdogan "o pesar e a solidariedade" do Chile, segundo nota oficial.

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