Para o presidente americano, Barack Obama, o tiroteio em massa em uma base militar em Washington, que deixou 13 mortos na segunda-feira, mostra que os Estados Unidos precisam melhorar o sistema de checagem de antecedentes para compradores de armas.
O ex-cabo Aaron Alexis, de 34 anos, identificado como o atirador, sofria de doença mental, incluindo paranoia e distúrbio de sono, segundo a mídia americana. Alexis também ouvia vozes e, desde agosto, recebia tratamento na Administração de Veteranos por problemas mentais.
"Os relatórios iniciais indicam que esse indivíduo deve ter tido alguns problemas de saúde mental", afirmou o presidente no canal latino Telemundo. "O fato de não termos um sistema de verificação de antecedentes suficiente nos torna mais vulneráveis a esses tipos de fuzilamentos em massa", disse.
O ex-cabo comprou a espingarda usada no crime e a munição na véspera do ataque, informou a loja SharpShooters Small Arms Range, em Lorton. Como a checagem de seus antecedentes não revelou problemas, a venda foi concluída. Alexis teria utilizado também outras duas armas, mas há relatos de que elas pertenciam a guardas baleados por ele. O policial Scott Williams, que atirou e matou Alexis, está se recuperando de um tiro na perna, de acordo com o prefeito da cidade, Vincent Gray, em entrevista à CNN.
Mais cedo, a imprensa americana havia revelado que a compra se dera há uma semana. Segundo o jornal "New York Times", Alexis tentou comprar uma arma na semana passada na Virgínia, mas foi impedido porque uma lei estadual proíbe a venda a compradores de fora do estado.
O atirador exibia sintomas de problemas mentais há pelo menos uma década, de acordo com fontes ouvidas pelo "New York Times", quando ainda estava na Marinha. Mas houve também episódios recentes. Um policial de Rhode Island contou que o suspeito sofria de alucinações tão fortes que o levaram a chamar os agentes no dia 7 de agosto. Quando os policiais chegaram ao quarto de Alexis em um hotel de Newport, ele disse que discutira com alguém no aeroporto de Virgínia e que essa pessoa mandara outras três o seguirem. No hotel, perto da base da Marinha, ele afirmou que vozes falavam com ele através das paredes, chão e teto. Ele chegou a trocar três vezes de hotel numa única noite tentando escapar das vozes.
O pai do autor do massacre afirmou que seu filho passava por problemas associados com o estresse pós-traumático do 11-S, já que Alexis teria participado ativamente do resgate das vítimas. Mas o pai se recusou a dar declarações à imprensa sobre o tiroteio em Washington na segunda-feira.
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