50 mil menores centro-americanos chegaram sozinhos aos Estados Unidos nos últimos nove meses. O contingente ultrapassa a capacidade da Patrulha Fronteiriça e criou uma situação que a Administração de Obama qualificou de "crise humanitária".

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Ameaçada de morte em Honduras e assustada pelo assassinato de seu irmão pelas mãos de grupos criminosos, Ana, nome fictício de uma jovem hondurenha de 17 anos, se armou de coragem para enfrentar a fronteira e chegar aos Estados Unidos

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No final do caminho, a jovem foi estuprada no México por desconhecidos. Agora, ela vive em Miami com a irmã.

Mas o fato de ter arriscado sua vida nesta travessia pode ter sido em vão. Como tantas outras milhares de crianças, Ana enfrenta a deportação e no dia 17 de julho tem sua primeira audiência em um tribunal de Miami para tratar seu caso.

"Só peço ao presidente [dos Estados Unidos, Barack] Obama que me dê uma oportunidade para realizar meu sonho", disse Ana, consciente de que suas possibilidades de permanecer nos EUA são poucas.

A jovem contará com o apoio legal de defensores dos direitos humanos e imigrantes como Alma Aguilera, diretora da Unidade Hondurenha Independente (UHI).

"Pedi ao Governo Federal que não os deporte. Eu daria uma oportunidade, para que possam estudar aqui e tenham uma educação", declara Aguilera, que reconhece que o governo não pode julgar todos os menores que chegam aos EUA.

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