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Ativistas da Síria convocaram novos protestos nesta terça-feira, em solidariedade a milhares de manifestantes que foram detidos por forças de segurança nos últimos dias. Com isso, pode haver mais um dia de violenta repressão no país. "As manifestações continuarão todos os dias", afirma a página da internet Syrian Revolution 2011, postada no site Facebook.

As manifestações nas ruas são dispersadas com violência pelas forças de segurança, que têm prendido muitas pessoas. Segundo ativistas, mais de 600 pessoas foram mortas e 8 mil estão presas ou desapareceram nos dois meses de repressão. Já o Exército afirmou que seis militares, incluindo três oficiais, foram mortos em confrontos no domingo em Banias, Homs e Deraa, três importantes focos de protestos.

Na segunda-feira, tropas prenderam milhares de homens na cidade costeira de Banias, denunciaram ativistas. Rami Abdul Rahman, chefe do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, disse que a água, a eletricidade e as linhas de telefone foram cortadas em Banias, no noroeste do país. Ele afirmou que mais de 400 homens ainda estão presos pelas autoridades na cidade, entre eles médicos de um hospital. Houve também várias prisões no centro de Damasco, disse o ativista.Sanções

Nesta terça, a União Europeia colocou o irmão mais novo do presidente Bashar al-Assad no topo de uma lista com 13 funcionários sírios que receberam sanções. Chefe da Guarda Republicana, Maher al-Assad é descrito como um dos líderes da repressão aos protestos no país. As sanções foram publicadas no jornal oficial da UE e assim já estão em vigor. Também receberam sanções o general Ali Mamluk e o novo ministro do Interior, Mohammed Ibrahim al-Shaar, no cargo desde 28 de abril.

Os Estados Unidos já advertiram sobre possíveis "passos adicionais" contra a Síria, caso o país mantenha a repressão. Já o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse que o governo da Síria pode resolver seu "problema" sem intervenção internacional. O Irã tem em geral apoiado os levantes populares no mundo árabe, mas mostra cautela no caso da Síria, seu principal aliado na região. Os EUA e oposicionistas sírios acusam Teerã de ajudar Assad na violenta repressão. As informações são da Dow Jones.

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