A Arábia Saudita reuniu-se com o Egito nesta terça-feira para detalhar as conversas que teve com o líder do Hamas sobre a possibilidade de reconciliação com o grupo palestino rival Fatah, mas indicou ser improvável que vá sediar novas negociações.

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Após fechar um acordo entre os grupos em 2007 e receber Khaled Meshaal no domingo, analistas esperam que a Arábia Saudita tenha um papel central para a realização de eleições palestinas e a criação de um governo de unidade.

Meshaal disse que após as conversas de domingo está perto de se reconciliar com o Fatah, que controla a Cisjordânia e é liderado pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

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"A questão de reconciliação está totalmente nas mãos dos irmãos egípcios", disse o ministro de Relações Exteriores saudita, príncipe Saud al-Faisal, durante coletiva de imprensa em Sharm el-Sheikh após conversas com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, e o ministro de Relações Exteriores, Ahmed Aboul Gheit.

O príncipe Saud disse não ter obtido uma resposta positiva de Meshaal para assinar um acordo de reconciliação proposto pelo Egito há um ano após a ofensiva de Israel em Gaza, controlada pelo Hamas.

O Egito tem mediado conversas entre o Hamas e o Fatah para tentar chegar a um acordo entre os dois grupos, mas a visita de domingo foi o primeiro encontro conhecido entre autoridades sauditas e do Hamas desde que a Arábia Saudita mediou o acordo de Meca, em 2007.

Antes das conversas de terça-feira, Nabil Abdel Fattah, analista egípcio do Centro de Estudos Estratégicos al-Ahram, disse: "A Arábia Saudita terá um papel nas disputas internas entre a Autoridade Palestina e o Hamas".

Além de participar em discussões regionais sobre a possível retomada das negociações de paz entre Israel e os palestinos, a Arábia Saudita tem aumentado sua atenção com o vizinho Iêmen, cujo governo lançou uma grande ofensiva contra a Al Qaeda.

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