O árbitro Chris Broad acusou a polícia do Paquistão de abandonar o comboio que levava a seleção de críquete do Sri Lanka no momento de uma emboscada, ocorrida nesta terça-feira (3). Um vídeo divulgado hoje mostrou os atiradores aparentemente escapando por uma rua deserta enquanto outros atacantes deixaram o local a pé. As alegações foram negadas por funcionários da seleção paquistanesa de críquete e do governo, que lembraram que seis policiais morreram no ataque desta terça, realizado por até 14 homens com rifles de assalto, granadas e pelo menos um lançador de foguetes. Policiais disseram que a busca pelos envolvidos no ataque não progrediram.
Nesta quarta-feira, um novo vídeo, feito por uma câmera de vigilância e divulgada por emissoras de televisão locais, mostra vários dos atacantes escapando em motocicletas por uma rua secundária deserta, carregando armas. Outros três aparecem andando no meio da rua, aparentemente sem pressa, o que indica que eles não acreditavam que a polícia estaria na área ou à procura deles. "Não havia sinal de policiais em lugar algum", disse hoje o árbitro após sua chegada de volta à Grã-Bretanha. "Claramente, eles deixaram o local e nos deixaram vulneráveis".
Ele não disse por quanto tempo sua van ficou parada. Outras testemunhas descreveram um tiroteio entre a polícia e os atacantes por cerca de 15 minutos, mas pelo menos uma dessa pessoas disse que os atiradores pareciam atirar por conta própria. "Eles não estavam sob pressão. Ninguém estava atirando contra eles", disse o capitão do time cingalês, Mahela Jayawardene.
Broad estava numa van no mesmo comboio que a seleção de críquete do Sri Lanka, que parou por alguns minutos em razão dos tiroteio antes de seguir para o estádio. O motorista da van foi morto e um outro funcionário foi atingido e ficou seriamente ferido. O árbitro disse que os paquistaneses haviam prometido "segurança de estilo presidencial" mas que "ela não estava lá quando precisamos dela". "Como Chris Broad pode dizer isso quando seis policiais foram mortos?", disse o chefe do comitê paquistanês de críquete, Ijaz Butt, à Associated Press. Ele negou-se a fazer mais comentários até ter a oportunidade de conversar com Broad.
O comboio que transportava o time do Sri Lanka e membros da delegação era cercado por veículos da polícia e fez o mesmo trajeto nos cinco dias do jogo amistoso contra a seleção nacional do Paquistão, segundo funcionários do governo.
Detenções
O chefe de polícia de Lahore, Haji Habibur Rehman, disse que a polícia fez incursões em Lahore e em bairros próximos e deteve "alguns suspeitos". Ele não forneceu detalhes sobre as supostas participações dos detidos ou o número preciso de presos, mas disse que alguns foram encontrados em um albergue de Lahore, onde roupas sujas de sangue também foram encontradas. Mais tarde Salah ud Din Niazi, o oficial que cuida do caso, disse que nenhuma detenção havia sido feita e que ninguém fora interrogado.
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