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tensão

Argentina acusa Inglaterra de atos ilegítimos por manter exploração de petróleo nas Ilhas Malvinas

Na semana das comemorações do Bicentenário da República da Argentina, o governo da presidente Cristina Kirchner reiterou nesta segunda-feira (24) as críticas contra a Inglaterra por manter a exploração de petróleo na região das Ilhas Malvinas. Em nota oficial, o governo argentino chamou de "atos unilaterais e ilegítimos" as práticas exercidas pelas empresas inglesas na região. As informações são da agência oficial de notícias argentina, a Telam.

O chefe de gabinete do Ministério das Relações Exteriores da Argentina, Alberto D'Alotto, entregou uma nota de protesto ao embaixador da Inglaterra na Argentina, Shan Morgan. De acordo com o documento, o governo argentino afirma que, ao longo de sua história, o país mantém uma posição favorável à resolução pacífica na disputa sobre a soberania das Ilhas Malvinas.

No texto, o governo argentino apela para que os ingleses retomem as negociações em busca de uma solução para o impasse. Para a Argentina, os atos cometidos pelos ingleses são "ilegítimos e unilaterais" no que diz respeito à exploração de petróleo na plataforma continental das Ilhas Malvinas, de Geórgia do Sul e de Sandwich do Sul.

De acordo com o governo Kirchner, os atos transgridem o direito internacional e as orientações da Organização das Nações Unidas (ONU). Recentemente, a Argentina reacendeu o debate sobre a soberania das Ilhas Malvinas ao determinar que embarcações estrangeiras devem se submeter à autorização federal, medida que afeta diretamente os interesses ingleses na região.

Desde o século 19, a Argentina e a Inglaterra disputam o controle sobre as Ilhas Malvinas – que, desde 1833, estão sob comando inglês. Em 1982, houve confronto bélico na Guerra das Malvinas. Pelos dados oficiais, morreram 649 soldados argentinos, 255 britânicos e moradores das ilhas. Os argentinos saíram derrotados.

Mas, no governo do ex-presidente Néstor Kirchner, que antecedeu o da sua mulher, Cristina Kirchner, houve campanha para retomar o controle da região. O assunto é recorrente na política argentina.

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