Os colégios eleitorais da Argentina abriram neste domingo (22) para um segundo turno inédito da eleição presidencial que definirá quem assume a Casa Rosada após doze anos de governo kirchnerista. Os centros de votação abriram às 8 horas (9h em Brasília) e fecharão às 18 horas (19h em Brasília). Segundo o diretor eleitoral argentino, Alejandro Tullio, os primeiros resultados serão divulgados a partir das 19h30 (20h30 de Brasília) e a expectativa é que o vencedor seja conhecido às 22h30 (23h30 de Brasília).
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Assim como no primeiro turno, realizado em 25 de outubro, 32 milhões de argentinos estão convocados às urnas para escolher entre o conservador Mauricio Macri, candidato da coalizão opositora Mudemos e favorito nas pesquisas, e o peronista Daniel Scioli, da governante Frente para a Vitória. É a primeira vez que os argentinos participam de um segundo turno presidencial desde a implementação deste sistema, em 1994.
A oposição de centro-direita tem sua melhor chance em mais de uma década de tirar a Presidência dos peronistas e estabelecer um rumo diferente para a economia do país. Cristina Kirchner, que sucedeu seu marido Néstor Kirchner (1950-2010) na Casa Rosada, é reverenciada pela população mais pobre por seus programas assistencialistas, mas criticada por empresários pelo controle estrito da economia. Como a lei eleitoral argentina não permite um terceiro mandato consecutivo, ela deixa a Presidência a partir de 10 de dezembro.
Mais de 100 mil soldados das forças de segurança argentinas foram acionados para garantir a segurança das eleições. Cada um dos partidos terá cerca de 13,5 mil fiscais monitorando o pleito.
Oportunidade para a Argentina
A Argentina e toda a América do Sul têm muito a ganhar com a vitória de Mauricio Macri no segundo turno que será disputado neste domingo
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Nascidos na política nos anos 1990, com paixão pelo futebol e pela alta sociedade, Macri e Scioli representam uma nova geração no topo do poder no país. Sem passagem por movimentos de resistência na ditadura militar nem na redemocratização, não são conhecidos por defenderem ideologias e já eram famosos (e ricos) antes da política.
Filhos de empresários, estudaram em escolas que preparam a elite do país: Scioli na Carlos Pelegrini e Macri na Cardenal Newman. Ingressaram na política depois dos 40.
Ambos são diferentes de Cristina porque admitem falhas em suas gestões (Macri na capital, Scioli na província de Buenos Aires). Outra marca comum é o retorno do poder a dois habitantes de Buenos Aires, após presidentes vindos de Santa Cruz (Kirchner) e La Rioja (Menem).