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O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Taiana, disse que seu país "nunca" recorrerá à força para "recuperar" as Malvinas, no momento em que uma disputa prolongada com a Grã-Bretanha pela soberania das ilhas se intensificou, após o início da exploração petrolífera na região.

A Argentina reivindica o controle das ilhas meridionais desde que a Grã-Bretanha as ocupou, no século 19. Em 1982, após uma tentativa de ocupação argentina das Malvinas, teve início uma guerra de dois meses que terminou com a retirada do país sul-americano.

"Aqueles que levam armas às águas do Atlântico Sul e às Ilhas Malvinas são as forças de ocupação britânicas. A democracia argentina nunca utilizará a força para recuperar as ilhas", disse Taina em declarações reproduzidas no site da Presidência da Argentina.

"Utilizaremos todos os recursos do direito internacional. Quem está usando a força é o Reino Unido", acrescentou.

Taiana se reuniu na quarta-feira com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e lhe pediu que o organismo internacional intervenha na disputa.

A Grã-Bretanha se refere ao arquipélago como Falklands e afirma que a perfuração petrolífera feita pela empresa britânica Desire Petroleum respeita a lei. A Argentina afirma que é uma violação de sua soberania.

Na semana passada a Argentina anunciou que vai exigir que todas as embarcações que atravessem suas águas com destino ao arquipélago obtenham autorização das autoridades locais.

O Grupo do Rio de líderes latino-americanos, que se reuniu no início da semana, divulgou comunicado apoiando as demandas da Argentina para sustar a perfuração próximo às Malvinas.

As Ilhas Malvinas não produzem petróleo em terra firme, e não foi comprovado que tenham reservas ali, mas as empresas petrolíferas asseguram que há campos marítimos que poderiam produzir bilhões de barris do combustível.

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