O chanceler argentino, Héctor Timerman, pediu ontem a seus colegas na Cúpula das Américas apoio para condenar o que qualificou como uma "agressão da Grã-Bretanha à Argentina", em alusão ao fato de a soberania das Ilhas Malvinas estar em mãos britânicas.
"Temos os desafios do século 21 e a Argentina ainda luta contra o colonialismo do século 19", afirmou o chanceler, ao indicar também que "enquanto a Argentina não for um país soberano, as Américas não serão soberanas".
Ao término da primeira reunião de chanceleres das Américas realizada na quinta-feira, Timerman também fez referência à Malvinas, ao comentar que seu país conta com o apoio da Comunidade de Estados da América Latina e do Caribe (Celac) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
O chanceler peruano, Rafael Roncagliolo, também mencionou o litígio das Malvinas e comentou que "todos os países deste hemisfério foram colônias das potências europeias e têm uma dívida secular". Depois o chanceler paraguaio, Jorge Lara Castro, se expressou em termos similares e fez um chamado à união de forças para mudar o modelo econômico e social, ao mencionar de forma específica "os enclaves coloniais e o isolamento injustificado do povo cubano".
As posições de Argentina, Peru e Paraguai, no entanto, não parecem encontrar um consenso entre todos os participantes da Cúpula das Américas, entre eles EUA e Canadá, este último ainda ligado à Coroa britânica.
O chanceler panamenho, Roberto Henríquez, disse que na reunião não houve acordo sobre as Malvinas.
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