Os argentinos vão recordar com um feriado hoje os 35 anos do golpe militar que em 1976 deu início a uma ditadura de sete anos que torturou e assassinou mais de 30 mil civis. Nos últimos anos dezenas de militares sentaram no banco dos réus e foram condenados pelas violações dos direitos humanos durante o regime. No entanto, o governo da presidente Cristina Kirchner agora pede à Justiça que também julgue os civis que participaram da ditadura. "Não é suficiente condenar os militares. É preciso também condenar os civis que foram cúmplices", afirmou o chanceler Héctor Timerman. "É preciso condenar os civis que tiraram proveito do terrorismo de Estado em benefício próprio."

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Alguns civis já estão sendo julgados, entre eles, José Martínez de Hoz, ex-ministro da Economia do ex-ditador e general Jorge Rafael Videla. Segundo Vicente Muleiro, autor do recém-lançado 1976 - O Golpe Civil, Martínez de Hoz foi "o chefe civil do golpe".

Mas Timerman direcionou suas críticas aos jornais La Nación e Clarín, os quais acusa de ter colaborado com o regime militar. Segundo ele, os diretores de ambos os jornais estiveram por trás da detenção e tortura de Lidia Papaleo de Graiver, viúva de David Graiver, dono da Papel Prensa, a única fábrica de papel de jornal do país - acusação negada por parentes do casal.

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