A Província argentina de Salta sofreu, neste domingo (28), dois novos sismos com epicentro entre os municípios de Cerrillos e La Merced. No sábado, nesta mesma região, um terremoto já havia provocado duas mortes, mas a Defesa Civil informou que os fenômenos ocorridos neste domingo não deixaram vítimas. Segundo o organismo, os tremores de terra ocorreram a 20 quilômetros da capital de Salta. O primeiro teve magnitude de 3,3 graus e a 10 quilômetros de profundidade, enquanto que a intensidade do segundo sismo foi de 4,4 graus e a 20 quilômetros de profundidade.

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Depois do primeiro terremoto que sacudiu o Chile durante a madrugada de sábado, um forte sismo ocorreu não só em Salta, mas também em Jujuy. Uma parede caiu e matou uma criança de oito anos. Um homem de 59 anos morreu com o desmoronamento da casa onde vivia em um dos morros saltenhos, e várias pessoas ficaram feridas. O governador de Salta, Juan Manuel Urtebey, convocou uma reunião de emergência de um comitê especializado nestes casos. Centenas de pessoas perderam suas casas ou tiveram que abandoná-las por precaução.

Estradas são bloqueadas na fronteira com o Chile

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Segundo o Instituto Nacional de Prevenções de Sismos, os terremotos na Argentina "não estão associados" como réplica do fenômeno devastador no Chile. Contudo, os fortes tremores de terra no Chile provocaram deslizamentos de morros na fronteira com a Argentina, os quais interromperam algumas estradas e repercutiram em várias outras províncias, como Mendoza, Rio Negro, Catamarca, San Juan e La Pampa. Em Santiago do Chile, o embaixador argentino, Ginés González García, confirmou que, até o momento, não há vítimas argentinas da tragédia chilena, que já deixou mais de 700 mortos.

García disse à imprensa argentina que as comunicações sofreram um colapso, mas que, entre os turistas argentinos, não há maiores consequências. Porém, reconheceu que eles não podem voltar para a Argentina porque os aeroportos vão permanecer fechados durante vários dias. García, que já foi ministro de Saúde do governo Kirchner, afirmou que a situação no Chile é complicada, especialmente no setor de saúde, porque seis hospitais da região sul do país foram gravemente afetados pelos tremores de terra.

O embaixador também reiterou que o vizinho terá "todo o apoio necessário da Argentina para enfrentar a tragédia". A organização não-governamental Rede Solidária, da Argentina, está organizando uma campanha para coleta de medicamentos, cobertores fraldas e água mineral para enviar às vítimas chilenas.