Buenos Aires – O presidente Néstor Kirchner criticou o colega uruguaio, Tabaré Vázquez, e manifestou-se a favor de uma "solução negociada" para a guerra das papeleiras. "Reclamamos com justiça porque nós não violamos o Estatuto do Rio Uruguai e nos dói na alma não encontrar vontade negociadora em nossos irmãos uruguaios", disse Kirchner em um capítulo à parte de seu longo discurso de inauguração das sessões legislativas no Congresso argentino.

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Kirchner acusou Vázquez de "estar cometendo um erro estratégico" quando impõe condições para negociar. "É muito difícil negociar quando do outro lado dizem que é isso ou nada". Durante seu discurso, Kirchner abandonou o texto para improvisar o pedido à Vázquez para que deixe de lado "a teoria do fato consumado, porque isso pode durar um tempinho, mas não tem durabilidade no tempo". A referência de Kirchner foi à negativa do presidente uruguaio e da empresa Botnia de mudar a planta de Fray Bentos para outro lugar menos polêmico sob o argumento de que a fábrica já está praticamente pronta.

Após a improvisação, o presidente argentino continuou lendo seu discurso de duas horas e meia, e relatou o andamento do conflito bilateral. Também acusou o governo uruguaio pela ruptura das negociações.

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