O presidente venezuelano, Hugo Chávez, apresenta armas semelhantes às encontradas com as Farc, que ele diz terem sido roubadas| Foto: Thomas Coex / AFP Photo

O presidente Hugo Chávez disse nesta quarta-feira (5) que o armamento venezuelano supostamente apreendido junto à guerrilha marxista Farc é uma "manobra" da Colômbia para desacreditar o seu governo, num momento de tensão bilateral.

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A Colômbia disse ter encontrado nas mãos das Farc lançadores de foguetes e mísseis antitanque que a Venezuela adquiriu da Suécia na década de 1980. Estocolmo reagiu exigindo explicações de Caracas.

Para Chávez, as novas insinuações de que ele estaria transferindo armas para a guerrilha no país vizinho são uma tentativa de calar suas críticas a um acordo pelo qual a Colômbia autoriza a presença de militares norte-americanos em suas bases.

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"Não sei como um governo como o da Suécia (...) cai nessa jogada, se deixa utilizar pela manobra que é a do governo da Colômbia", disse ele a jornalistas.

Chávez, que disse ter utilizado lançadores de foguetes nos seus anos de Exército, explicou seu funcionamento a correspondentes estrangeiros e concluiu, valendo-se de fotos e equipamentos, que o material apreendido com as Farc estava inutilizado, por já ter sido disparado.

Na opinião dele, a Suécia caiu em uma armadilha ao pedir explicações sobre o suposto desvio de um pequeno lote de armamentos antigos, enquanto a Colômbia coloca a América Latina à beira de uma guerra por causa do seu acordo militar com Washington.

Chávez, que congelou as relações com a Colômbia devido ao acordo EUA-Colômbia, insinuou que as armas poderiam ter sido roubadas em um posto fronteiriço, e disse inclusive que os indícios de que haviam sido compradas pela Venezuela poderiam ter sido falsificados.

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