Deputada Jo Cox foi assassinada em reduto eleitoral.| Foto: OLI SCARFF/AFP

Em sua primeira aparição em corte, o homem acusado de matar a deputada britânica Jo Cox, Thomas Mair, proclamou “morte aos traidores, liberdade à Grã-Bretanha” quando solicitado a pronunciar o próprio nome. Ele também se negou a responder o endereço onde vive e sua data de nascimento.

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Na última quinta-feira (16), a deputada Jo Cox, do Labour Party, foi assassinada a tiros e facadas por Mair ao sair do carro na cidade de Birstall, reduto eleitoral de Cox. O ataque, em plena luz do dia, chocou o país e esfriou os ânimos em torno da disputa pela permanência ou não do Reino Unido na União Europeia (UE), proposta conhecida como Brexit e que deve ser votada em plebiscito na próxima quinta-feira (23).

As campanhas foram suspensas em respeito a Cox, que é o primeiro membro do parlamento britânico a ser assassinado em 25 anos. Mair é acusado de assassinato, causar graves danos físicos, posse de armas com intenção de cometer crime e outras ofensas relacionadas ao porte.

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A magistrada Emma Arbuthnot afirmou na corte que um relatório psiquiátrico deve ser preparado, “tendo em mente o nome que ele proclamou”. Autoridades ainda não apontaram as motivações do crime, enquanto a polícia antiterrorismo esteve envolvida nas investigações, mas nenhuma acusação de terrorismo foi apresentada.

Cox era uma defensora dos direitos de imigrantes, assim como defendia a permanência do Reino Unido na União Europeia. O ataque elevou as preocupações com a segurança de parlamentares e políticos no país. Legisladores britânicos costumam realizar reuniões para tratar de temas locais, nacionais e internacionais com os residentes de seus respectivos distritos.