O jogo acaba de ficar 2 a 0 contra o pobre ex-planeta Plutão. Além de ter sido rebaixado e perdido vaga na liga planetária "plena" no ano passado, descobriu-se agora que ele também não é nem o maior dos chamados planetas anões, a "segundona" do Sistema Solar. Na verdade, o maior dos pequenos já descobertos seria Éris, um astro parecido que ocupa a mesma região de Plutão no espaço.

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Para ser preciso, a nova análise feita por astrônomos americanos mostra que Éris é 27% maior que Plutão. A descoberta, que confirma as estimativas iniciais, deve oferecer mais suporte para a decisão da União Astronômica Internacional pelo rebaixamento, no ano passado -- as chances de uma "virada de mesa" ficam cada vez mais distantes.

"Essa era a última chance de Plutão ser a maior coisa achada até hoje no cinturão de Kuiper", disse Michael Brown, professor de astronomia planetária no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), em Pasadena, Califórnia. "Sempre houve a possibilidade de que Plutão e Éris fossem mais ou menos do mesmo tamanho, mas esses novos resultados mostram que Plutão, na melhor das hipóteses, fica em segundo lugar."

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Brown e sua orientanda Emily Schaller calculam que Éris tenha uma massa de 16,6 bilhões de trilhões de quilos, segundo artigo científico publicado na edição desta semana do periódico "Science".

A dupla foi capaz de medir a massa de Éris determinando a órbita do satélite natural do planeta anão, Disnomia, usando dados do Observatório Keck e do Telescópio Espacial Hubble.

Os novos dados sugerem também que, como Plutão, Éris é provavelmente feito de gelo e rochas, com a presença de metano congelado na superfície.