O ataque à Mesquita Dourada, um dos principais santuários xiitas do Iraque, que teve a sua cúpula destruída por uma explosão na manhã desta quarta-feira, gerou protestos e retaliações que deixaram a comunidade internacional em alerta. Para muitos, o incidente pode desencadear uma guerra civil.
Apesar de o governo xiita e líderes religiosos terem insistido para que a população mantivesse a calma, dezenas de mesquitas sunitas foram atacadas e seis pessoas foram mortas, incluindo três clérigos sunitas. Em outra ação supostamente relacionada à destruição parcial da mesquita, homens armados e trajando uniformes da polícia seqüestraram e assassinaram 11 rebeldes xiitas detidos em uma prisão de Basra.
Ações em represália ao ataque foram registradas em diversas cidades, assustando a população iraquiana. Em Bagdá, centenas de pessoas voltaram mais cedo do trabalho e muitos estocaram comida.
O presidente Jalal Talabani, de origem curda, acusou os responsáveis pelo ataque de tentar sabotar as negociações visando uma coalizão nacional.
- Nós (xiitas e sunitas) temos que trabalhar juntos contra a ameaça de guerra civil - disse em entrevista à uma TV local.
Ansiosos para esfriar os ânimos no país e trazer suas tropas de volta para casa o quanto antes, os Estados Unidos pressionam os líderes xiitas atrair os sunitas para o governo, que foi eleito em dezembro de 2003 após a deposição e prisão de Saddam Hussein. Após o ataque desta quarta-feira, George W. Bush não só ofereceu ajuda para reconstruir o santuário, como pediu moderação de ambos os lados.
- A violência só contribuiu para os objetivos do terrorismo - disse Bush.
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