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A ofensiva dos jihadistas do Estado Islâmico (EI) contra o patrimônio histórico e cultural está concentrada no norte do Iraque, onde o grupo radical conquistou territórios e dominou cidades. Ao sul, o governo iraquiano vem adotando medidas para proteger suas riquezas, que durante décadas estiveram ameaçadas pela guerra.

Uma reportagem do jornal The New York Times revela que a partir de 2003, quando tropas americanas entraram no país, um conjunto de ações foi providenciado para proteger as ruínas da Babilônia, ao sul da capital Bagdá. Tais medidas incluíram a criação de uma agência governamental para proteção de antiguidades e a documentação da região, tijolo por tijolo, do sítio arqueológico.

Sem símbolo religioso

Apesar de o islamismo condenar a representação de divindades através de imagens, a professora Lídice Ribeiro não vê motivação religiosa nos ataques do Estado Islâmico ao patrimônio histórico e cultura do Oriente Médio. “O que está sendo destruído é o patrimônio histórico, não símbolos religiosos”, observa.

“Caso o sítio venha a ser destruído, será possível reconstruí-lo com base nos desenhos”, explicou Jeff Allen, porta-voz do World Monuments Fund, organização não-governamental voltada para a preservação histórica que trabalhou na documentação do patrimônio. Outro exemplo de preservação é no próprio Museu de Mossul, invadido pelos militantes do EI. Todo o acervo está catalogado digitalmente, permitindo que itens saqueados possam ser rastreados.

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