Não é apenas no Iraque que uma parte da história da humanidade está se perdendo com a destruição de construções e artefatos milenares. Na vizinha Síria, a causa é a guerra civil que se estende há quatro anos. Levantamento divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro do ano passado apontou que 290 sítios arqueológicos no país estão seriamente ameaçados.
Um levantamento feito através de imagens de satélite revelou que 24 sítios já foram totalmente destruídos, enquanto outros 104 estavam muito afetados. Entre o patrimônio sob ameaça estão a sinagoga mais antiga do mundo, obras como a representação mais antiga de Cristo e a maior coleção de mosaicos do Oriente Médio. Em Alepo, um dos centros do conflito, mesquitas, ruínas medievais e mercados foram dizimados.
Além da destruição decorrente do conflito, outro problema é o contrabando de peças antigas. De acordo com a Unesco, alguns sítios arqueológicos estão em poder do Estado Islâmico, que comercializa artigos de valor inestimável. A organização calcula que somente essa prática criminosa já teria movimentado em torno de US$ 7 bilhões (R$ 22,5 bilhões).
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