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Soldados turcos próximos a fronteira com a Síria. Ataques americanos ajudaram no avanço das tropas | REUTERS/Kai Pfaffenbach
Soldados turcos próximos a fronteira com a Síria. Ataques americanos ajudaram no avanço das tropas| Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach

A série de ataques aéreos comandados pelos Estados Unidos, incluindo 39 nos últimos dois dias mataram centenas de combatentes do Estado Islâmico e fortaleceu as posições de forças curdas de resistência, informou o almirante John Kirby, porta-voz do Pentágono, nesta quarta-feira.

"Uma das razões pelas quais estamos realizando mais ataques aéreos em Kobani é porque há mais jihadistas lá, ocupando espaços que foram deixados por centenas de habitantes que deixaram a cidade. É difícil apresentar um número exato, mas acreditamos ter matado centenas de combatentes do Estado Islâmico", afirmou Kirby, que reconhece que a cidade ainda está sob risco de cair nas mão do grupo. "Eles querem ganhar território e Kobani está em sua mira".

Apesar do sucesso dos ataques aéreos em Kobani e outras partes da Síria nas últimas três semanas, Kirby afirmou que resultados decisivos não surgirão tão cedo.

"Vamos passar alguns anos lidando com esta questão", afirmou o almirante.

Além de atingir combatentes jihadistas, os ataques aéreos também impulsionaram as forças curdas de resistência, que têm conseguido conter os avanços do Estado Islâmico, em batalhas travadas nas ruas de Kobani.

"As pessoas subestimam o poder da determinação", afirmou Farhad Shami, um ativista curdo de Kobani. "Os curdos têm uma causa e estão prontos para morrer em defesa dela".

"Os membros do Estado Islâmico têm armas muito superiores, mas não têm o conhecimento do terreno", afirmou Rami Abdurrahman, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que aponta para o fato de que muitos curdos enfrentando o Estado Islâmico já participaram de combates e, grupos afiliado a Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), da Turquia.

Segundo Abdurrahman e outros observadores sírios, a resistência curda demonstrou mais tenacidade e resiliência do que outras facções rebeldes sírias, que se viram obrigadas a realizar "retiradas estratégicas" e fugindo de massacres realizados por jihadistas em outras áreas da Síria. As Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla em curdo) também anunciaram que obtiveram progressos na luta contra o Estado Islâmico, e recuperaram seu domínio sobre partes da cidade que estavam nas mãos dos jihadistas.

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