Supostos mísseis dos Estados Unidos caíram em dois vilarejos no Paquistão, perto da fronteira com o Afeganistão, nesta sexta-feira (31), matando 27 pessoas, incluído um suposto militante árabe da rede terrorista Al-Qaeda e outros militantes islâmicos estrangeiros, disseram funcionários da inteligência do Paquistão.

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O governo americano é suspeito de ter lançado pelo menos 17 ataques com mísseis e foguetes dentro do noroeste do Paquistão desde agosto deste ano, numa escalada sem precedentes que está estremecendo a aliança militar de sete anos entre Washington e Islamabad. Os ataques com mísseis ocorrem em um período de crise econômica cada vez mais grave no Paquistão. Eles refletem a crescente frustração americana, com funcionários dos EUA acusando o Paquistão de inação frente aos extremistas islâmicos, que são acusados de realizarem atentados no Paquistão e Afeganistão.

O governo dos EUA não admite e não nega realizar os ataques. Analistas políticos dizem que os oficiais americanos calculam que, seja qual for o dano que os ataques unilaterais com mísseis provoquem à relação entre os EUA e o Paquistão, será possível repará-la entre os dois países após o sucessor do presidente americano George W. Bush tomar posse em janeiro de 2009.

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Acredita-se que centenas, ou mesmo milhares de combatentes da Al-Qaeda e do grupo fundamentalista Taleban estejam escondidos na fronteira noroeste do Paquistão, perto do Afeganistão. Além disto, as agências americanas de inteligência acreditam que o líder terrorista Osama bin Laden pode estar escondido na inóspita e remota região.

O integrante árabe da Al-Qaeda morto no ataque desta sexta-feira no Paquistão foi identificado como Abu Kasha Iraqi, disseram sob anonimato os funcionários paquistaneses.

Ele está entre as 20 pessoas mortas quando dois mísseis explodiram uma casa e um automóvel no vilarejo de Mir Ali, no Waziristão do Norte. Aviões espiões americanos sobrevoaram antes do ataque a área por várias horas, disseram os funcionários, citando agentes e informantes do local. Duas horas após o ataque em Mir Ali, os americanos deslancharam um segundo ataque com foguetes teleguiados, desta vez contra outro vilarejo no Waziristão do Norte, matando sete pessoas, incluído um número não especificado de militantes islâmicos estrangeiros.

Também no noroeste paquistanês, um homem-bomba suicida atacou um chefe de polícia nesta sexta-feira, matando oito pessoas, entre elas cinco civis. A autoridade sobreviveu ao ataque, que também matou três policiais.

O atentado suicida ocorreu na cidade de Mardan e deixou 15 pessoas feridas, segundo o prefeito Himayat Ali. Houve mais de 90 ataques suicidas no Paquistão desde julho do ano passado, que mataram perto de 1.200 pessoas, segundo estatísticas dos militares. As informações são da Associated Press.

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